sábado, 14 de agosto de 2010

Projeto de mobilidade em Cuiabá preservará canteiros da cidade


Com início previsto para 2011, a cidade receberá o sistema ‘Bus Rapid Transit’ para agilizar o transporte público local
Crédito: Embratur
Ponte Sérgio Mota, ponte estaiada que liga Cuiabá a Várzea Grande.



Ministério do Turismo 12/08/2010

Mato Grosso é o destino ideal quando a intenção é conhecer cenários distintos em um mesmo Estado. As atrações vão desde a cidade de Cáceres, conhecida pela prática do turismo de pesca; passam pelo incomparável Pantanal, com seu diferenciado ecossistema; e desembocam no Vale do São Lourenço, que traz como atração principal o Turismo Tecnológico, baseado em seu agronegócio e sua agroindústria.
A capital Cuiabá, rica cidade histórica que antigamente foi palco de grandes disputas territoriais, hoje abriga grandiosos edifícios centenários em seu centro comercial. Mesmo com as belezas naturais preservadas, os cuiabanos ainda temem que o crescimento e a modernização da cidade possam eliminar aos poucos essa beleza singular que o município possui.

A Copa do Mundo no Brasil trará muitas mudanças para todo o País, e principalmente para as cidades que receberão os jogos em 2014. Mas é importante ressaltar que todos os projetos, voltados tanto para a reforma nos estádios quanto para a melhoria da mobilidade urbana, têm dentre as principais preocupações a intenção de promover essa mudança baseada na preservação do meio ambiente no fomento das ações de sustentabilidade.
Exemplo disso é a declaração feita pelo engenheiro Rafael Detoni, coordenador de Mobilidade Urbana da Agência Executora das Obras da Copa do Mundo em Cuiabá (Agecopa), ao explicar sobre a implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT) na cidade. De acordo com ele, “apenas alguns trechos do canteiro central deverão ser isolados para implantação de estações do sistema” com início de obras previsto para o primeiro semestre de 2011.
Inicialmente, o novo meio de transporte será implantado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, mais conhecida como Avenida do CPA. Toda a extensão da via possuirá canteiros e as árvores que não serão retiradas para o funcionamento do novo sistema. Detoni esclareceu que, no entanto, a avenida receberá alargamento para que possa ser introduzida uma pista-corredor de ônibus.
O BRT baseia-se na criação de vias interligadas de ônibus com paradas apenas em pontos específicos, semelhante ao sistema de metrô. Para utilizar os ônibus, os passageiros deverão pagar pela passagem na própria estação, antes de entrar nos carros, permitindo um embarque e desembarque mais ágil.
As intervenções no sistema viário em Cuiabá requerem menos tempo que em outros sistemas, como o Veículo Leve Sobre os Trilhos (VLT), que já existe em algumas cidades brasileiras, como Campinas (SP). E os investimentos para a implementação do BRT são bem menores que em outros sistemas; o quilômetro do VLT, por exemplo, custa hoje R$ 40,4 milhões, enquanto que o BRT custará aos cofres públicos R$ 11,1 milhões por quilômetro.

http://www.copa2014.turismo.gov.br/copa/noticias/todas_noticias/detalhe/20100812_02.html

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cuiabá já tem projetos prontos para a Copa do Mundo


12/8/2010 - Copa no Pantanal
Projeto do BRT já está aprovado e tem recursos garantidos
Projeto do BRT já está aprovado e tem recursos garantidos



















De um total de R$ 704,7 milhões em projetos solicitados junto à União pelo governo de Mato Grosso para a execução de obras de mobilidade urbana que atenda a demanda decorrente da Copa do Mundo de Futebol de 2014 em Cuiabá, R$ 454,7 milhões já foram aprovados pelos Órgãos do governo federal e preveem obras de apenas 32,2 quilômetros, mas são oneradas pela execução de viadutos e passagens de níveis, e apenas aguardam o fim do período eleitoral para que os convênios sejam assinados e os recursos liberados para a execução das principais obras. Elas acontecerão através da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo Pantanal 2014 (Agecopa), criada no governo Blairo Maggi para a execução das ações em torno do mundial de futebol.


A Gazeta obteve com exclusividade documentos que consideram como "aprovada" parte das obras solicitadas e considera a outra parte como "projetos a aprovar" e que somam outros R$ 250 milhões referentes a 51,2 quilômetros de ruas e avenidas.


Os projetos aprovados são o BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus) CPA-Aeroporto, no valor de R$ 307,7 milhões com 15,2 km de extensão e 19 meses de obras; BRT Coxipó -Centro, R$ 116 milhões e 7,2 km e 12 meses e por fim o corredor Mário Andreazza, que custará R$ 31 milhões, terá 9,8 km e 17 meses de duração das obras.


São obras que vão modificar a base estrutural do trânsito entre as duas principais cidades de Mato Grosso, Cuiabá e Várzea Grande. As principais vias de trânsito de ambas as cidades serão completamente modificadas com apenas as obras já liberadas, agora se o total de projetos proposto pelo governo chegar a ser concretizado haverão ainda outros sete corredores, o da Miguel Sútil - Dom Orlando Chaves; Estrada da Guarita; avenidas 8 de Abril; Expressa - 31 de Março; Júlio Campos; Dante Martins de Oliveira e por fim a República do Líbano.


Os BRTs são vias de acesso especiais onde só trafegam ônibus sem tumultuar o trânsito entre os veículos menores. O projeto foi o mais adequado para a realidade de Cuiabá e Várzea Grande, e o que tem melhor custo benefício. A média do tempo de elaboração dos projetos finais serão de seis meses e existe a possibilidade das obras iniciarem sua execução ainda em 2010.


E expectativa é de que as obras estejam prontas até meados de junho de 2013, quando deverá ser realizada a Copa das Confederações, ou seja, um ano ante da Copa do Mundo de Futebol.


Fonte: Gazeta


http://copanopantanal.com.br/?p=noticia&id_noticia=4509

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

VLT

VLT é solução para mobilidade urbana em Cuiabá

05/07/2010  - Mato Grosso do Norte

Por José Riva*

A Copa do Mundo é um grande evento que nos faz parar por alguns instantes, ficar na frente de uma televisão e torcer para nosso time. Nesses momentos, eu começo a refletir como será em 2014, quando a Copa ocorrerá no Brasil e, com um frio na barriga, lembro-me que Cuiabá será também uma subsede.

Mas é uma sensação prazerosa, pois não é qualquer cidade que foi escolhida pela Fifa para representar as maravilhas de nosso país. Todavia, essa responsabilidade vem acompanhada de uma série de requisitos que teremos que cumprir para efetivar esse anúncio, como a construção do estádio, dos centros de treinamentos, reforma do aeroporto e, principalmente, infraestrutura em trânsito e transporte de qualidade e ambientalmente correto.

Pensando nisso, volto a defender em público a possibilidade, ao menos de se fazer um estudo de viabilidade para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), pois é a opção mais viável e rápida para melhorarmos nossa logística de tráfego.

A falta de investimentos na malha viária foi apontada como o principal entrave do trânsito na Capital, que possui uma demanda de 30 mil passageiros no horário de pico e já tem congestionamentos semelhantes aos grandes centros brasileiros.

O centro de Cuiabá é um capítulo a parte, com ruas estreitas, fica completamente intransitável. Em Várzea Grande, o maior ponto de estrangulamento do trânsito fica por conta da Avenida da FEB, ponto de maior fluxo entre os dois municípios. O sistema atual de transporte usado em nosso Estado é precário e inviável. O sistema de transporte urbano está cada vez pior e defasado, não atendendo bem os usuários de hoje, imagine então daqui a cinco anos.

Um exemplo a não ser seguido é o estado de São Paulo, que hoje paga, em poluição, um preço alto por ter adotado um modelo de mobilidade baseado em grandes avenidas lotadas de carros, caminhões, ônibus e motocicletas. É um caminho sem volta, e quem pagará para reverter isso é o próprio usuário, seja dos transportes coletivos como os donos de veículos.

Com os trilhos cortando as principais avenidas, fazendo as ligações necessárias para atender nossa população e aos turistas que estão chegando para acompanhar os jogos em Cuiabá, vamos galgar um degrau importante para nossa modernização e solução do trânsito de veículos e pedestres. Sem contar que é ambientalmente correto, sem o aumento de poluentes causados pela queima de combustível.

Concordo que não é um sistema barato para implantação, porém não é inviável. E nem é preciso que o Estado ou Município arque com os elevados custos, até porque não teriam condições, mas podemos promover com a iniciativa privada as formas de construção e concessão. Já pensando nisso, apresentei à AL um projeto de lei que dispõe sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs). Essa iniciativa vai ser fundamental à efetivação de contratos para a colaboração entre o Estado e o particular, por meio dos quais o ente privado participa da implantação e do desenvolvimento de obras, serviços ou empreendimentos públicos, bem como da exploração e da gestão das atividades decorrentes.

Vamos ser realistas, para um investimento desse porte, a solução é a parceria. E sabemos que isso não é novidade nos estados brasileiros e o maior exemplo é o próprio transporte coletivo. Se não fosse o investimento privado, o município não teria condições de adquirir uma frota de ônibus para atender a população.

Temos demanda para a implantação independentemente da Copa, todavia esse é um fator determinante para atrairmos investimentos. A própria população tem apoiado a iniciativa de que o Governo, ao menos, banque um estudo de viabilidade do VLT em Cuiabá para depois começarmos a discutir os meios de implantação.

Os próximos quatro anos fará Mato Grosso, especificamente Cuiabá, crescer outros vinte, em mobilidade, estrutura, modernização, turismo, entre outras benfeitorias, mas deixo claro também que temos que resolver nossos problemas na raiz, na causa original, e não arranjar medidas paliativas para resolver problemas imediatos. Vou continuar lutando pelo estudo de viabilidade do VLT e, só assim, poderemos realmente saber o que é melhor para Cuiabá.

*JOSÉ RIVA é deputado estadual pelo PP e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso